quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Liderar, o que tenho aprendido. Saber distinguir e aproveitar.

   "Em algumas situações, um líder poderá precisar ser duro com seus liderados, porém com respeito e justiça. Com o tempo, as pessoas entendem a dureza, mas nunca aceitarão injustiças e desrespeitos." Alfredo Martini Júnior  




Ao longo do tempo venho estudando sobre o processo de liderar e gostaria de compartilhar as conclusões que cheguei até o momento sobre um aspecto interessante o aproveitamento das habilidades individuais de acordo com suas potencialidades, inclusive as negativas.

Aprendi quer seja enquanto líder ou liderado, que o exercício da liderança é o reconhecer objetivo da limitação das nossas capacidades aliado a necessidade de convencer aos demais para que complementem com suas habilidades as ações necessárias para o bem coletivo.

O líder deve conhecer as outras pessoas, sendo detentor do acervo das suas imperfeições e talentos. Antoine de Saint-Exupéry no livro “O Pequeno Príncipe”, lança em determinada passagem do famoso personagem que no primeiro planeta visitado habitado por um rei absolutista o seguinte dialogo que transcrevemos a seguir: rei “ – Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transforma-se em gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem – ele ou eu – estaria errado?”. “-Vós, respondeu com firmeza o principezinho. “- Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei. A  autoridade repousa sobre a razão.”

Extraímos dessa passagem a sutil confirmação daquilo que abraçamos como um ensinamento precioso na  função de líder, a capacidade de potencializar o melhor de cada um e lapidar suas impurezas.

Se você tem sobre a tua liderança alguém que questiona por questionar, se põe contra tuas ações apenas por voluntarismo sendo incapaz de formular uma alternativa ou novas proposições viáveis, vive a sombra dos seus ascendentes, se apóia em pseudo  poder aquisitivo e ainda por cima nada no esgoto da vaidade, não faça dele um oficial, mas sim aquilo que consegue ser com louvor, o bom limpador das latrinas do quartel.

Se também em teu grupo for identificado alguém que não sabe se é Maria ou João, que traz consigo sempre  uma opinião no bolso do colete e outra na lapela do paletó, fala suave em tua presença, mas te enxovalha com força na tua ausência e se transfigura em um legitimo vampiro colocando-se ao sabor das suas conveniências de presas grudadas na artéria jugular de quem tem a perspectiva de  mando. Não tenha dúvidas estais diante daquele que deve carregar teu quepe e a tua pasta, para que fique claro aos demais que ele serve ao poder e não a causa.

Encontrando em vosso meio alguém sempre solicito (é evidente que me refiro ao extremo bajulatório, e não a real solicitude), risonho e simpático, mais vangloriado  e condecorado por sua conhecida “humildade” do que por sua colaboração efetiva ao grupo, fique certo este desempenhará com mérito o papel de  ajudante de ordens, seja de quem for...

Através dos três exemplos veiculados metaforicamente sendo estes “o sou sempre contra”, “o banda voou” e o “lambe botas ad eternum” quero crer que consegui colocar nesse breve texto, nosso entendimento de como nos comportar diante de inevitáveis figuras que nos deparamos em nossas atividades, quando eventualmente nos cabe a liderança de um grupo.

Suenilson Saulnier de Pierrerlevée Sá