Na noite de abertura do VIII Congresso nacional da Ordem DeMolay, dia 27/08, em Belo Horizonte-MG, a Academia Brasileira DeMolay de Letras (ABDL) divulgou o resultado do 2º Concurso literário Jacques DeMolay.
1º lugar - Rafael Primus Aguiar - Capítulo Engenheiro Beltrão nº94 - Engenheiro Beltrão -PR
título: "Onde nascem os heróis"
2º lugar - Lucas Richter de Oliveira Dantas - Capítulo Príncipe do Seridó nº004 - Caicó-RN
título: "A panaceia do reino dos galináceos e vulpes-vulpes"
3º lugar - Émerson Rafael Cunha Gontijo - Capítulo Patos de Minas nº193 - Patos de Minas-MG
título: "Estou com saudades"
7 dos 9 membros da ABDL
Parabenizamos o irmão Lucas Richter pelo êxito!
Confira o texto do irmão Lucas:
A PANACEIA DO REINO DOS GALINÁCEOS E VULPES VULPES
Em uma terra distante, havia um reino onde viviam dois povos: os galináceos e os vulpes vulpes. A convivência era pacífica, preservada pelo respeito mútuo e da imparcialidade do rei. Os habitantes do reino plantavam o que consumiam, bebiam água do rio sagrado e moravam em casas simples, porém aconchegantes e bonitas.
Cada povo possuía quatro grandes características, o que era primordial para a distinção dos indivíduos, mas apenas uma característica era comum a ambos os povos: o patriotismo, pois eram capazes de unir-se e lutarem juntos para defender o reino, sempre que possível.
Os galináceos possuíam amor para com sua família, o nascimento de um galináceo era motivo de festa, pois a partir daquele momento havia um amor incondicional entre pais e filhos galináceos, um amor que eles denominavam de Amor filial. Outra característica dos galináceos era o culto ao deus sol, todos os galináceos cantavam nas primeiras horas do dia, uma reverência que eles cultuavam pelas coisas sagradas. A cordialidade era vigente entre os galináceos, de modo que se algo de ruim acontecesse a um galináceo, todos em sua volta o ajudariam.
Os vulpes vulpes eram bastantes companheiros, andavam sempre em grupos e nunca abandonavam um amigo; mesmo nos bons e maus momentos, em uma espécie de fidelidade, e, além disso, eram puros de alma e coração.
Um dia, o reino dos galináceos e vulpes vulpes foi invadido por algo terrível, inventado por seres de terras distantes. Era a discórdia. Pouco tempo foi necessário para que os galináceos e vulpes vulpes começassem a viverem em desunião e intrigas. O tempo foi se passando e aquele reino foi perdendo seus valores para os frutos da discórdia: o individualismo, a ganância e a competição desleal. Até que o rei, sem ter o que fazer, viajou até as altas montanhas e procurou o conselheiro do reino, um velho sábio chamado Fransherlan. O velho sábio disse que a resolução do problema estaria atrás das montanhas, assim o rei para lá viajou.
Em sua viagem, o rei encontrou três formigas chorando por terem se perdido de seu líder e já não sabiam mais voltar ao formigueiro, o rei percebeu que se o líder tivesse formado outros líderes, aquelas formigas não teriam se perdido. Mais adiante, encontrou um castor que estava construindo sua casa sozinho, pois nunca tinha colocado responsabilidade na mão dos outros castores, o rei percebeu que um líder não resolve tudo sozinho. Perto do local onde estava a solução do problema, o rei encontrou um leão que estava ajudando uma girafa a atravessar um rio e percebeu que por mais que o problema seja maior do que você possa ajudar, é preciso saber servir. Chegando ao local desejado, o rei encontrou um pergaminho com o seguinte escrito: “Vossa majestade, utilize os conhecimentos que você aprendeu hoje e una as virtudes de seu povo”.
O rei voltou ao reino, reuniu seus súditos e solicitou que todos lutassem juntos contra a discórdia, utilizando a virtude que teem em comum, o patriotismo. Assim foi feito e a discórdia foi expulsa do reino. Porém, ainda faltavam eliminar os frutos da discórdia, então o rei sugeriu que cada povo utilizasse as virtudes do outro povo. Os galináceos cultivaram o companheirismo, a fidelidade e a pureza. Os vulpes vulpes o amor filial, a reverência ao deus sol e a cortesia. Em pouco tempo não se havia nenhum mal no reino. Em comemoração a vitória, o rei realizou uma grande festa, onde serviu cada súdito e posteriormente iniciou a formação de outros líderes. O reino dos galináceos e vulpes vulpes nunca mais foi o mesmo, pois eles perceberam que aquelas sete virtudes os fortaleciam cada vez mais.
